quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
LOGO PARA FESTIVAL DE SINES - PORTUGAL
Segue o link para mais detalhes:
http://www.ideahunting.net/open-pitches/?utm_source=Idea+Hunting+List+2011&utm_campaign=0a03b63fd3-Festival_M_sicas_do_Mundo_Lista_12_10_2012&utm_medium=email#
http://www.ideahunting.net/open-pitches/?utm_source=Idea+Hunting+List+2011&utm_campaign=0a03b63fd3-Festival_M_sicas_do_Mundo_Lista_12_10_2012&utm_medium=email#
sábado, 24 de dezembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
8ª BIENAL DO MERCOSUL - Ensaios de Geopoética
Porto Alegre: 8ª Bienal do Mercosul - Ensaios de geopoética
José Roca, curador geral
A 8ª Bienal do Mercosul está inspirada nas tensões entre
territórios locais e transnacionais, entre construções políticas e
circunstâncias geográficas, nas rotas de circulação e intercâmbio de
capital simbólico. O título refere diversas formas que os artistas
propõem para definir o território, a partir das perspectivas geográfica,
política e cultural.
As bienais são eventos primordialmente expositivos, que ativam a
cena artística de uma cidade durante períodos relativamente curtos.
Contudo, além de serem recorrentes, são descontínuas – e esse é seu lado
fraco: nos períodos entre uma bienal e outra usualmente não acontece
nada, ou bem pouco, em termos de ativação da cena artística. A 8ª Bienal
do Mercosul tenta responder à seguinte pergunta: é possível fazer uma
bienal cuja ênfase não seja exclusivamente expositiva?
Nossa proposta inclui estender a ação da Bienal no espaço e no
tempo. E propõe entender o tema escolhido não apenas como um marco
conceitual para ler a produção artística contemporânea, mas, sim, como
uma estratégia de ação curatorial, sugerindo a Bienal como uma instância
de criação e consolidação de infraestrutura local.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Exposição dos Gémeos
A exposição Pra Quem Mora Lá o Céu É Lá dos artistas brasileiros "Os Gémeos" ainda pode ser conferida no Museu Berardo (Lisboa) até o dia 19 de setembro.
"É um momento marcante. Pela primeira vez um museu em Portugal recebe uma exposição de artistas oriundos do graffiti. (...)
É possível que já tenha passado por criações da autoria deles, nas ruas de São Paulo, Berlim, Londres ou Nova Iorque. São fáceis de identificar. Normalmente são cenas etéreas povoadas de amarelos e roxos, com olhos inocentes, crianças de pernas franzinas e cabeças enormes, inscritas em murais de grandes dimensões, em prédios devolutos. É difícil não fixar essas imagens pictóricas. Pela escala, poesia e forma como interagem com o espaço envolvente. Criam um clima de romantismo na desordem urbana.
A dupla brasileira Os Gémeos, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, 35 anos, são duas das figuras mais importantes do graffiti, ou arte de rua. Nos últimos anos já não criam apenas nas artérias das grandes cidades. São também solicitados para expor em galerias, bienais, museus. (...)
A transposição da rua para as galerias de arte não é novidade. Keith Haring ou Jean-Michel Basquiat, já falecidos, ou os contemporâneos Barry McGee e Banksy, fizeram-no. Mas nos últimos tempos tem-se assistido com mais frequência ao fenómeno. A mostra efectuada há dois anos pelo mais influente museu de arte contemporânea da Europa, a Tate Modern, para a qual Os Gémeos contribuíram com um dos murais gigantes expostos no exterior, ajudou a credibilizar uma série de artistas. (...)
As suas criações contemplam visões do quotidiano, cenas simples mas sensualmente ricas, evocações dos esquecidos das margens da sociedade ou retratos comoventes de famílias. É um imaginário sonhador e intimista, às vezes burlesco e possuído pela crítica social, aquele que por norma propõem.
Quando interrogamos Gustavo sobre o que os inspira, a resposta surge em rajada: "O nosso trabalho reflecte as vivências, o olhar, os sonhos, as histórias, os relacionamentos familiares, a poesia, a música, a comida, o folclore do Brasil, o silêncio, pessoas que vivem com salários de miséria mas estão sorrindo, tudo isso é filtrado."
É caso para dizer que a arte de rua, durante décadas desvalorizada, já não se move apenas no maior museu a céu aberto do mundo, a rua, mas também nos espaços museológicos que, durante anos, tinham reticências em aceitá-la. Nunca como no contexto actual as técnicas do graffiti pareceram tão próximas das dinâmicas regulares da arte contemporânea. Na rua, ou na galeria, o traço pictórico lúdico que Os Gémeos colocam na sua actividade é reconhecido, tem identidade, projectando ideias que tornam a vida mais interpeladora. Se isso não é arte é o quê?"
Fonte: Artigo publicado pelo jornalisa Vítor Belanciano - Caderno Ípsilon - Jornal O Público on-line (17.05.2010)
Fotografias: Dago e Larissa Vianna
"É um momento marcante. Pela primeira vez um museu em Portugal recebe uma exposição de artistas oriundos do graffiti. (...)
É possível que já tenha passado por criações da autoria deles, nas ruas de São Paulo, Berlim, Londres ou Nova Iorque. São fáceis de identificar. Normalmente são cenas etéreas povoadas de amarelos e roxos, com olhos inocentes, crianças de pernas franzinas e cabeças enormes, inscritas em murais de grandes dimensões, em prédios devolutos. É difícil não fixar essas imagens pictóricas. Pela escala, poesia e forma como interagem com o espaço envolvente. Criam um clima de romantismo na desordem urbana.
A dupla brasileira Os Gémeos, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, 35 anos, são duas das figuras mais importantes do graffiti, ou arte de rua. Nos últimos anos já não criam apenas nas artérias das grandes cidades. São também solicitados para expor em galerias, bienais, museus. (...)
A transposição da rua para as galerias de arte não é novidade. Keith Haring ou Jean-Michel Basquiat, já falecidos, ou os contemporâneos Barry McGee e Banksy, fizeram-no. Mas nos últimos tempos tem-se assistido com mais frequência ao fenómeno. A mostra efectuada há dois anos pelo mais influente museu de arte contemporânea da Europa, a Tate Modern, para a qual Os Gémeos contribuíram com um dos murais gigantes expostos no exterior, ajudou a credibilizar uma série de artistas. (...)
As suas criações contemplam visões do quotidiano, cenas simples mas sensualmente ricas, evocações dos esquecidos das margens da sociedade ou retratos comoventes de famílias. É um imaginário sonhador e intimista, às vezes burlesco e possuído pela crítica social, aquele que por norma propõem.
Quando interrogamos Gustavo sobre o que os inspira, a resposta surge em rajada: "O nosso trabalho reflecte as vivências, o olhar, os sonhos, as histórias, os relacionamentos familiares, a poesia, a música, a comida, o folclore do Brasil, o silêncio, pessoas que vivem com salários de miséria mas estão sorrindo, tudo isso é filtrado."
É caso para dizer que a arte de rua, durante décadas desvalorizada, já não se move apenas no maior museu a céu aberto do mundo, a rua, mas também nos espaços museológicos que, durante anos, tinham reticências em aceitá-la. Nunca como no contexto actual as técnicas do graffiti pareceram tão próximas das dinâmicas regulares da arte contemporânea. Na rua, ou na galeria, o traço pictórico lúdico que Os Gémeos colocam na sua actividade é reconhecido, tem identidade, projectando ideias que tornam a vida mais interpeladora. Se isso não é arte é o quê?"
Fonte: Artigo publicado pelo jornalisa Vítor Belanciano - Caderno Ípsilon - Jornal O Público on-line (17.05.2010)
Fotografias: Dago e Larissa Vianna
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