Ao longo do último século, avanços científicos, tecnológicos e culturais têm alterado o nosso sentido do efémero e reconfigurado a nossa apreensão da eternidade. Novos modos de produção, transporte e comunicação parecem incidir sobre a cadência dos dias. Esta exposição explora estas mudanças através do design gráfico, argumentando que a exploração e representação do tempo feita por um designer é a expressão de um entendimento mais abrangente.
Abarcando projectos em suporte impresso, imagens em movimento e plataformas interactivas, as peças expostas variam entre o Futurismo Italiano e a programação informática contemporânea. A ênfase é dada à sensação de tempo, não à sua gestão, ainda que em muitos casos ambas se relacionem. Como observado pelo designer construtivista Karel Teige, a semana de trabalho tem uma poesia própria. De modo geral, os ritmos impostos pela industrialização e pós-industrialização exercem um domínio profundo sobre a vivência pessoal e colectiva.
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Mais recentemente, programadores/designers têm explorado a forma como as novas tecnologias estão sujeitas à realidade física e biológica. Estes profissionais não estão a limitar possibilidades, mas sim a re-imaginar potencial. Embora possa ser demasiado absolutista sugerir que estamos a regressar a um sentido mais natural de tempo, sente-se uma marcada mudança de direcção a uma perspectiva mais humana.
Acima de tudo, o tempo é o nosso bem mais importante. Controlar o tempo é ser livre.
Emily King, curadora
11.09.09 - 29.11.09
10:00-19:00 SÁB-QUI
10:00-22:00 SEX
Entrada Gratuita
Museu Colecção Berardo
Praça do Império
1449-003 Lisboa
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